23.10.15

 
Levy, o Leve


Do alto desta Fazenda
rolo feito dólar acima e real abaixo
nos fartos falsos boatos que não lavam a jato
as porcas e não poucas poupanças gordas deste planalto.

No dolo desta moenda
juro que não jogo ou julgo
a moeda de troca e troça
desse fogo amigo com juros, ônus e oxiúros oriundos.

Se finjo que saio, mas retifico
e ratifico que não me retiro
dou à economia um curto suspiro
e digo ao SUS que surto, mas nunca piro.

Se bluma me levou, se pluma vou, se luna estou, mas lunes já não sou
me sinto leve, breve e quase ultraleve
ainda que pousem em minhas costas
todos os desgostos e esgotos desse povo roto e sem rosto.

Nesse eterno ficar ou sair
subir, descer ou pagar pra ver
faço de mim o elevador
do meu próprio padecer.

E mesmo que eu renda tantos déficits de mim
inflacionados em dívidas e dúvidas mirins
não vou deixar que me transformem assim
de Levy, o Leve
para Levy, o Levem.



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